A recente aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo proíbe o uso de aparelhos eletrônicos em escolas públicas e privadas no estado a partir de 2025, o que coloca em evidência a crescente preocupação com o uso da tecnologia por crianças e adolescentes. Além dos cuidados nas instituições de ensino, o Centro Marista de Defesa da Infância destaca a necessidade de atenção também no ambiente doméstico, considerando que 93% das crianças e jovens brasileiros entre 9 e 17 anos utilizam a internet. O estudo TIC Kids Online Brasil (2024) revela que o número de usuários dessa faixa etária é significativo, com 24,5 milhões de pessoas conectadas.
A pesquisa ainda aponta que muitos pais utilizam ferramentas para monitorar e controlar o acesso à internet dos filhos, como bloqueios de sites e aplicativos, e restrições de tempo online. Entretanto, o uso inadequado da internet pode gerar problemas como o cyberbullying e prejudicar a saúde mental e física dos jovens. O diretor do Centro Marista de Defesa da Infância, Valdir Gugiel, ressalta a importância de promover o letramento digital entre pais e responsáveis, alertando para os impactos negativos do uso excessivo e inadequado das tecnologias.
Além disso, o estudo aponta que 29% dos usuários de internet entre 9 e 17 anos já passaram por situações ofensivas online, o que pode levar a consequências psicológicas graves, como depressão e ansiedade. O Centro Marista recomenda que os responsáveis estejam atentos e adotem medidas como monitoramento dos dispositivos móveis, orientações sobre os perigos do contato com estranhos e a promoção do diálogo sobre o uso saudável da internet. Essas medidas são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes no ambiente digital.