O advogado do presidente da Coreia do Sul, atualmente afastado, afirmou que a imposição de lei marcial em dezembro de 2024 foi planejada como uma medida corretiva e não uma ação de governo militar completo. A declaração foi feita durante o julgamento do impeachment de Yoon Suk Yeol, que está sendo analisado pelo Tribunal Constitucional. A defesa do presidente argumenta que o decreto não visava criar um governo militar, mas sim resolver um impasse político, e que a imposição da lei marcial foi uma formalidade, sem uma intenção profunda por parte do presidente.
O tribunal iniciou a análise das acusações contra Yoon no final de dezembro, quando o presidente foi acusado de violar sua obrigação constitucional ao declarar a lei marcial sem justificativa adequada. A defesa sustenta que o decreto foi uma tentativa de corrigir falhas no governo e não uma subversão da constituição, como foi alegado pelos opositores. No entanto, a acusação de insurreição contra Yoon segue sendo investigada, com a agência anticorrupção da Coreia do Sul transferindo o caso aos promotores.
O julgamento continua enquanto o tribunal decide se Yoon deve ser restabelecido ao cargo ou removido definitivamente após seu afastamento em 14 de dezembro. Além disso, ex-integrantes do governo, como o ex-ministro da Defesa, testemunharam sobre o papel da lei marcial no governo. A decisão do tribunal ainda está pendente, e o processo também pode envolver novas investigações sobre abusos de poder.