Após dois anos consecutivos de seca, a Lagoa do Peixe, localizada no Parque Nacional entre os municípios de Tavares e Mostardas, no Rio Grande do Sul, conseguiu recuperar seu volume de água em 2024, impulsionada por um aumento significativo nas chuvas. A recuperação da lagoa trouxe otimismo para os pescadores da região, que celebram o retorno do camarão, uma espécie crucial para a pesca local. A temporada de captura do camarão começou em 9 de janeiro, com previsão de retirada de 400 toneladas até o fim do ano.
Além de ser um importante centro de pesca, a Lagoa do Peixe é essencial para a biodiversidade local, funcionando como berçário para diversas espécies marinhas, incluindo camarões e tainhas. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) trabalha em parceria com os pescadores para garantir que a pesca não seja predatória, com regras como o tamanho mínimo de captura e a distância entre as redes. A área também abriga várias espécies de aves ameaçadas, tornando-a um importante ponto de conservação ambiental.
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe foi criado em 1986 para proteger os ecossistemas litorâneos e as aves migratórias. O parque, com 36,7 mil hectares, atrai turistas e cientistas interessados em sua diversidade biológica e suas trilhas abertas para visitação. A recuperação da lagoa após o período de estiagem é considerada um marco positivo para a região e reflete um esforço coletivo de preservação ambiental e sustentável.