O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta sexta-feira que a queda nos preços do petróleo não teria impacto na resolução do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, uma vez que os dois fatores não estão interligados. A declaração reflete a posição contrária ao comentário feito por Donald Trump no Fórum Econômico Mundial em Davos, no qual o ex-presidente dos Estados Unidos sugeriu que a redução dos preços do petróleo poderia ajudar a pôr fim à guerra, já que a Rússia usa parte de suas receitas com petróleo para financiar o conflito.
Peskov também refutou as declarações de Trump sobre a disposição do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para negociar um acordo de paz, lembrando que Zelensky, por decreto, proibiu qualquer tentativa de diálogo com o presidente russo Vladimir Putin. Essa decisão, tomada em outubro de 2022, reflete a posição firme do governo ucraniano em não ceder em suas negociações com a Rússia enquanto o conflito perdura.
O preço do petróleo é determinado pelos mercados globais, com influência de produtores como a Arábia Saudita e os membros da OPEP. Trump, durante sua participação em Davos, fez um apelo para que os produtores de petróleo contribuíssem com a redução dos preços como uma forma de enfraquecer o financiamento russo para a guerra, mas o Kremlin deixou claro que, para a Rússia, a questão dos preços do petróleo não é um fator determinante para o desfecho do conflito.
