O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva analisou que as recentes declarações do presidente do PSD, Gilberto Kassab, visavam demonstrar a força do partido, especialmente em um contexto de reforma ministerial em andamento. Integrantes do Palácio do Planalto interpretaram as falas como uma tentativa de Kassab de se posicionar em um momento delicado para o governo, após controvérsias envolvendo o Pix e o aumento dos preços dos alimentos, com a intenção de garantir mais cargos na administração federal.
Em um evento realizado no dia 29 de janeiro, Kassab expressou sua preocupação com a economia, criticou a condução do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e indicou que, se as eleições de 2026 fossem realizadas hoje, Lula não venceria. Ele também ressaltou que o governo atual não apresentou resultados positivos como os dos primeiros mandatos de Lula e de Fernando Henrique Cardoso. Suas declarações refletem um descontentamento com o andamento da administração e um foco nas questões econômicas.
As críticas de Kassab surgem em meio a um momento de tensão para o governo, que enfrenta desafios como a queda na aprovação de Lula e o aumento das incertezas sobre a economia. A gestão federal busca contar com o PSD como um aliado importante para a reforma ministerial, sabendo que o partido não oferecerá apoio total, mas tenta evitar que a sigla se torne uma oposição significativa nas eleições de 2026. A reestruturação da Esplanada é vista como uma estratégia para fortalecer a base governamental em um cenário eleitoral competitivo.