O presidente do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, João Batista Moreira, derrubou uma decisão que favorecia a empresa Âmbar e validou os contratos das usinas termoelétricas adquiridas pela companhia, pertencente aos irmãos Joesley e Wesley Batista. Em junho de 2024, a Âmbar comprou 13 usinas da Eletrobras por R$ 4,7 bilhões, assumindo o prejuízo devido ao não pagamento das distribuidoras, incluindo a Amazonas Energia, que enfrentava dificuldades financeiras.
Após a compra, uma medida provisória foi publicada, transferindo o custo da energia para os consumidores, o que gerou críticas de especialistas, que apontaram possíveis favorecimentos à empresa. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não aprovou a mudança nos contratos, mas a Justiça Federal do Amazonas validou a negociação, além de autorizar a transferência da Amazonas Energia para os novos proprietários.
Em um novo capítulo judicial, o presidente do TRF reverteu a vitória do empresário Suárez, responsável pela Cigás, companhia de gás do Amazonas, que havia obtido uma decisão favorável na segunda instância. A Cigás tentava garantir o direito de anuência sobre a mudança nos contratos, mas a decisão agora favoreceu a continuidade da compra das usinas pela Âmbar, sem a necessidade de sua participação formal.