A Justiça da Paraíba realizou na manhã desta terça-feira (28) a primeira audiência de instrução referente a um caso de agressão, no qual um homem é acusado de agredir sua ex-companheira em frente ao filho, dentro de um elevador. A audiência, que aconteceu de forma híbrida, teve sua data inicial adiada após a defesa do réu justificar a necessidade de sua presença em outro compromisso judicial. O acusado, que já havia enfrentado acusações de violência doméstica em 2020, pediu desculpas e alegou estar sob intenso estresse no período das agressões.
Em relação ao caso de 2023, a Justiça decidiu não decretar a prisão preventiva do acusado, levando em conta que, além da medida protetiva já em vigor, não havia novos elementos que configurassem risco iminente à vítima. A medida protetiva impede que o acusado se aproxime da vítima, mantendo uma distância mínima de 500 metros. No entanto, o inquérito continua em andamento, com a Polícia Civil investigando as agressões que foram capturadas em vídeos e divulgadas nas redes sociais.
A investigação é baseada em imagens de 2022 que mostram o acusado agredindo a vítima em dois momentos distintos: em um elevador e dentro de um carro. A vítima, após ter entregado as imagens à polícia, revelou que o relacionamento foi marcado por violência física e verbal. Além disso, a Polícia Civil destaca que, mesmo sem a representação formal da vítima, a investigação seguiu devido ao entendimento do STF, que determina que casos de violência contra a mulher devem ser apurados independentemente da vontade da vítima.