A Justiça de São Paulo acatou o pedido de prisão temporária contra um segundo suspeito envolvido no ataque ocorrido no assentamento Olga Benário, no município de Tremembé, que resultou na morte de dois homens e deixou seis feridos. O crime ocorreu na sexta-feira (10) e, conforme a Secretaria da Segurança Pública, as investigações seguem para capturar o segundo suspeito, além de outros envolvidos. O ataque teria sido motivado por disputas relacionadas à posse de terras, com criminosos tentando subtrair um lote do assentamento rural legalizado para reforma agrária.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, comentou que o grupo criminoso visava a apropriação de terras na região, um local de interesse imobiliário devido à sua proximidade com áreas urbanas. Ele afirmou que o ataque não comprometerá o programa de reforma agrária do governo federal. O Partido dos Trabalhadores também se manifestou, pedindo uma resposta imediata das autoridades estaduais e federais. Um dos suspeitos, preso no sábado (11), foi identificado como mentor do crime e possui antecedentes por porte ilegal de arma.
A investigação, sob responsabilidade da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté, está registrando o caso como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Outro homem foi preso por porte ilegal de arma, mas, segundo a SSP, sua conexão direta com o ataque foi descartada, uma vez que ele teria ido ao local para ajudar as vítimas. A região de Tremembé é conhecida por ser alvo de disputas territoriais envolvendo grupos criminosos, com o apoio de milícias armadas que visam transformar áreas de assentamento em empreendimentos imobiliários.