A Justiça Federal determinou que os governos Federal e do Paraná reforcem a proteção policial às comunidades indígenas em Guaíra e Terra Roxa, no oeste do Paraná. A decisão foi motivada por ataques recentes que deixaram quatro indígenas feridos, incluindo uma criança. O juiz federal Pedro Pimenta Bossi ordenou a ampliação do efetivo da Polícia Federal, Força Nacional e Polícia Militar, alertando sobre possíveis sanções em caso de descumprimento. A violência é associada a tensões pela demarcação da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, cujo processo de reconhecimento foi retomado após ser interrompido em 2020.
O Ministério da Justiça informou que agentes da Força Nacional já atuam na região desde 2024, com aumento de efetivo após os novos ataques. A pasta destacou a colaboração entre órgãos federais, estaduais e indígenas para garantir segurança, incluindo patrulhamento ostensivo e apoio na relocação de moradores para áreas protegidas. O governo do Paraná reforçou a presença policial local e afirmou que a responsabilidade primária pela proteção das terras indígenas é do governo federal, prometendo continuar cobrando soluções definitivas.
O conflito pela terra indígena reflete uma escalada de violência que inclui ataques armados e incêndios criminosos. Entidades como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) apontam que a situação exige ação urgente para prevenir novos episódios. Em resposta, a Justiça e as autoridades federais afirmaram compromisso com a mediação pacífica e proteção dos direitos das comunidades indígenas, garantindo que ações preventivas e de segurança estão sendo intensificadas para evitar novas tragédias.