O Departamento de Justiça dos Estados Unidos tem notificado policiais que testemunharam em julgamentos relacionados aos eventos de 6 de janeiro sobre a libertação de réus que foram condenados. As notificações chegaram após a decisão de concessão de perdão por parte do ex-presidente Donald Trump, o que gerou reações de desconforto entre alguns envolvidos na investigação e julgamento. O ex-sargento da polícia do Capitólio, Aquilino Gonell, compartilhou nas redes sociais exemplos de contatos recebidos do Departamento de Justiça, incluindo e-mails e telefonemas sobre a libertação de pessoas que ele ajudou a processar.
Durante os confrontos no Capitólio, Gonell foi uma das vítimas de ataques violentos, incluindo um confronto prolongado em um túnel durante a insurreição. O Departamento de Justiça tem o procedimento de informar as testemunhas ou vítimas que participaram dos julgamentos quando os réus que foram condenados são liberados. Gonell expressou sua frustração nas redes sociais, destacando que a libertação dos réus poderia ser vista como um desacordo com o princípio de responsabilização e o Estado de direito, especialmente em relação ao ataque violento aos policiais.
Outros policiais também expressaram preocupações sobre as consequências das decisões judiciais e políticas relacionadas ao evento de 6 de janeiro. O ex-oficial Harry Dunn relatou que recebeu uma comunicação semelhante, onde era informado da liberação de réus após testemunhar contra eles. Esse cenário levanta questões sobre o impacto das ações legais e políticas no processo de responsabilização dos envolvidos nos tumultos daquele dia.