Pelo menos sete pessoas na região de Ribeirão Preto (SP) estão com mandados de prisão em aberto, algumas já condenadas, mas ainda em liberdade, anos após cometerem crimes graves. Em alguns casos, os réus foram condenados, mas continuam foragidos, enquanto em outros, os julgamentos já aconteceram, e os acusados seguem foragidos sem cumprir a pena. O advogado João Pedro Silvestrini explica que a vastidão geográfica do Brasil e a falta de fiscalização rigorosa em algumas fronteiras podem facilitar a fuga para outros estados ou até para o exterior.
Entre os foragidos, três já foram condenados por homicídios, com crimes ocorrendo entre 2008 e 2016, enquanto outros suspeitos, como os envolvidos em um duplo assassinato recente, seguem sendo procurados. O caso de um ex-policial e de outros envolvidos em disputas de herança chama atenção devido à violência dos crimes e à evasão dos responsáveis, o que evidencia as dificuldades do sistema judiciário em prender fugitivos em um país de grandes dimensões territoriais.
Apesar das dificuldades, especialistas afirmam que a captura desses foragidos continua sendo uma possibilidade, já que os crimes não prescrevem facilmente. A prescrição de penas é difícil devido aos longos prazos estipulados pela legislação brasileira, o que mantém as esperanças de justiça para as vítimas. A situação levanta questões sobre as falhas no sistema de fiscalização e a necessidade de um maior controle para evitar que réus condenados se escondam por tanto tempo.