O prefeito reeleito de Santa Quitéria, no Ceará, foi preso pouco antes de sua posse para o segundo mandato, em decorrência de investigações que o associam a práticas ilícitas envolvendo facções criminosas. Segundo a Polícia Federal, o político teria recebido apoio de uma organização criminosa durante a campanha, que teria coagido eleitores e favorecido sua candidatura por meio de intimidação e compra de votos. Ele foi inicialmente detido pela Polícia Federal e pela Polícia Civil e, agora, cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, conforme decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.
A medida de prisão domiciliar impõe várias restrições ao prefeito, como a proibição de se comunicar com vítimas, corréus e testemunhas do processo, além de vetar sua participação em qualquer meio de comunicação, seja em entrevistas ou nas redes sociais. A defesa do político alegou problemas de saúde, incluindo uma deficiência física e cardiopatias, como justificativa para a alteração da prisão preventiva para domiciliar. O caso, que envolve a investigação de práticas como coação eleitoral e uso indevido de recursos públicos, está sendo acompanhado de perto pelas autoridades.
Com a prisão do prefeito e o afastamento do vice, o cargo de prefeito interino de Santa Quitéria foi assumido por um vereador da cidade. A situação gerou uma reconfiguração na gestão municipal e levanta questões sobre a integridade do processo eleitoral e a influência de organizações criminosas nas eleições locais. A investigação segue em andamento, com o Ministério Público já pedindo a cassação dos mandatos do prefeito e do vice devido ao envolvimento com a facção criminosa.