A Justiça de São Paulo determinou a prisão temporária de um homem suspeito de ser o líder de um ataque violento ao assentamento Olga Benário, no interior de São Paulo. O crime ocorreu na noite de sexta-feira (10), resultando na morte de duas pessoas e deixando seis feridos, alguns em estado grave. O principal suspeito, identificado como mentor intelectual do ataque, foi preso no sábado (11), após ser reconhecido por testemunhas. Segundo as investigações, o ataque foi motivado por disputas relacionadas à negociação de terrenos no assentamento, que abriga 45 famílias e é regularizado pelo Incra.
Além do suspeito detido, um outro indivíduo, identificado pela polícia, permanece foragido, e as investigações continuam em busca de outros envolvidos. Durante o ataque, criminosos armados, que chegaram em carros e motos, dispararam contra as vítimas sem esconder os rostos. Entre as vítimas fatais, uma era uma liderança importante dentro do movimento dos trabalhadores rurais. Os feridos incluem pessoas de diferentes idades, algumas das quais estão em condições críticas, como um homem que permanece em coma induzido.
As autoridades estaduais e federais estão acompanhando o caso, com a Polícia Civil e a Polícia Federal responsáveis pela investigação. A Polícia Militar reforçou a segurança na região, enquanto o Ministério da Justiça e outros órgãos emitiram notas repudiando a violência e solicitando maior proteção aos defensores de direitos humanos. A disputa pela ocupação e regularização de terrenos parece ter sido o principal fator por trás do ataque, que é investigado pela Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté.