A Justiça de São Paulo determinou que os réus envolvidos em um esquema de investimentos fraudulentos em criptomoedas indenizem um casal de investidores em R$ 4,5 milhões. A quantia corresponde ao valor investido pelo casal em 2022, por meio de uma consultoria financeira ligada a um empresário do futebol, com promessas de altas rentabilidades. O juiz responsável pela decisão, Christopher Alexander Roisin, anulou a rentabilidade prometida, considerando que o contrato firmado entre as partes foi baseado em uma fraude e que os réus agiram de maneira negligente, desrespeitando normas do mercado financeiro.
O casal, que havia investido R$ 4.583.789,31 e buscava receber mais de R$ 3 milhões de rentabilidade, teve sua solicitação parcialmente aceita, com a Justiça determinando o ressarcimento apenas do valor inicial aplicado, corrigido. Além disso, a Justiça impôs uma multa de 10% sobre o valor da condenação aos sócios da empresa de consultoria financeira, por litigância de má-fé. O caso ainda pode ser recorrido pelos réus, com custo de R$ 106 mil para interposição de recurso. Caso o pagamento não seja feito dentro de 15 dias úteis, será aplicada uma multa adicional de 10%.
Esse julgamento segue outros processos semelhantes, com investidores do futebol apontando a mesma consultoria e empresa como responsáveis pela indicação de investimentos em criptoativos. Os problemas começaram em 2022, quando os investidores tentaram resgatar o valor aplicado, mas enfrentaram negativas e adiamentos por parte da empresa. Outros envolvidos no caso também buscaram a Justiça, que ainda avalia as responsabilidades de todos os réus na trama. A decisão reflete a crescente preocupação com a regulamentação de investimentos em criptomoedas e a proteção dos consumidores.