A morte de uma adolescente de 16 anos durante uma abordagem policial na Zona Leste de São Paulo gerou grande comoção e protestos locais. A Polícia Civil concluiu a investigação e o policial envolvido foi preso após a Justiça determinar a conversão de sua prisão em preventiva. O caso aconteceu durante uma tentativa de abordagem a um suspeito de roubo, quando o policial, ao interagir com os irmãos da jovem, acabou disparando acidentalmente a arma que atingiu a vítima. O relatório policial indicou que o agente assumiu o risco de matar ao agredir o irmão da jovem antes do disparo, o que reforça a acusação de dolo eventual.
A mãe da vítima, em seu depoimento, lamentou a morte da filha e criticou a falta de socorro imediato por parte dos policiais. Ela revelou que, durante a abordagem, solicitou ajuda aos agentes, mas que sua filha não foi atendida com urgência. A jovem foi levada ao hospital, mas não resistiu ao ferimento fatal. O caso gerou protestos pacíficos na comunidade local, onde moradores reivindicaram justiça e se solidarizaram com a dor da mãe. A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso está sendo investigado de forma rigorosa e que o PM será punido se for comprovado que houve desvio de conduta.
Além da investigação policial, o caso tem repercutido entre grupos de mães que perderam filhos devido à violência policial, e que se reuniram para apoiar a família da vítima. A morte gerou um debate sobre a violência policial nas periferias da cidade, com um foco particular sobre os protocolos de abordagem e o uso excessivo da força. A polícia afirmou que está analisando as imagens das câmeras de segurança para esclarecer os fatos e que um inquérito interno também será conduzido para apurar a conduta do policial envolvido.