Em março deste ano, uma mulher trans foi encontrada morta em um terreno baldio em Guaíra (SP), após desaparecer por vários dias. A vítima, de 26 anos, era conhecida na cidade por sua participação em concursos de beleza e ações sociais. Segundo as investigações, o crime ocorreu em 14 de março, quando a mulher foi assassinada em uma residência, aparentemente vítima de um latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. O réu, acusado de matar a vítima para roubar seu celular, teria posteriormente tentado vender o aparelho. O corpo da mulher foi enrolado em um colchão e abandonado em um local isolado.
O caso gerou grande repercussão e levou à prisão dos acusados. Diogo Alves, principal réu, foi condenado a 23 anos de prisão pelo crime de latrocínio, enquanto Marcus Vinicius, acusado de ocultação de cadáver, recebeu uma pena de dois anos de prisão. As evidências, incluindo câmeras de segurança que registraram um dos suspeitos arrastando o corpo, foram cruciais para a conclusão do caso. A condenação, no entanto, ainda pode ser revista, já que cabe recurso.
Jhenifer Luiza, a vítima, era um nome conhecido na cidade e foi lembrada com pesar pela comunidade local, que expressou apoio à sua família. O crime teve um impacto profundo em Guaíra, onde a vítima era admirada por seu envolvimento social e sua trajetória. A decisão judicial foi comemorada por muitos, embora a defesa dos réus ainda possa contestá-la. O caso destaca a luta por justiça e o reconhecimento da identidade das pessoas trans em contextos de violência e discriminação.