A ex-vereadora de São Miguel do Iguaçu, no Paraná, foi condenada a 18 anos de prisão por envolvimento em um esquema de fraudes envolvendo empresas contratadas pela Prefeitura. O Ministério Público (MP) informou que o esquema consistia na falsificação de listas de crianças em situação de vulnerabilidade social, com o intuito de desviar valores pagos pela Prefeitura. A acusada e seu marido, além de outras quatro pessoas, foram condenados por crimes como organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e fraude em licitações.
A investigação, conduzida pela Operação WO, revelou que os envolvidos usaram empresas de fachada para burlar a proibição de contratar com o poder público, desviando mais de R$ 120 mil em 2019. O dinheiro desviado era usado para cobrir despesas pessoais do casal, como serviços domésticos e manutenção de piscina. Além da condenação penal, foi determinado o pagamento de indenizações por danos morais aos envolvidos, variando entre R$ 10 mil e R$ 50 mil.
Outros réus envolvidos no esquema receberam penas menores, com um deles beneficiado por colaboração premiada, resultando em uma pena reduzida e regime aberto diferenciado. O processo ainda está em andamento, com novas investigações relacionadas ao enriquecimento ilícito dos acusados em curso. A sentença representa uma das primeiras resultantes da operação, que segue desvendando fraudes no uso de recursos públicos.