Um juiz da Bolívia emitiu uma ordem de prisão contra o ex-presidente do país, Evo Morales, após ele não comparecer ao tribunal para responder a acusações relacionadas a um caso de abuso sexual. A investigação envolve alegações de estupro de uma menor de idade ocorrido em 2016, quando a adolescente, após ser vítima de abuso, teria dado à luz uma criança, com Morales reconhecido como pai na certidão de nascimento. O caso foi divulgado pelo ministro da Justiça, que expressou indignação com a tentativa de encobrir crimes graves.
Morales está no centro de um escândalo que foi revelado em 2024, quando uma promotora informou que havia sido removida do cargo após pedir a prisão do ex-presidente em uma investigação que também envolve acusações de tráfico de pessoas. Em sua defesa, Morales minimizou as acusações, declarando que está acostumado a ser perseguido por governos neoliberais e afirmou que não teme as ameaças.
Embora a ordem de prisão tenha sido inicialmente emitida, a defesa de Morales conseguiu reverter a decisão em instâncias superiores, quando uma juíza acatou um recurso e anulou a medida, após declarações de que a promotora havia sido destituída sob orientação do procurador-geral. O caso segue sendo investigado, e novos desdobramentos estão sendo aguardados pelas autoridades bolivianas.