A Justiça do Paraná aceitou a denúncia do Ministério Público contra uma mulher acusada de homicídio doloso, motivado por ciúmes e sentimentos de posse, após a morte de uma criança de três anos. A menina, que se afogou em uma máquina de lavar em maio de 2022, estava sob os cuidados da madrasta no momento do incidente. Segundo a acusação, a mulher teria colocado a criança sobre um banco na máquina cheia de água, deixado a criança sozinha e a abandonado por tempo suficiente para que a morte ocorresse. O MP considera o crime qualificado, apontando asfixia mecânica e violência doméstica.
A defesa da acusada argumenta que o caso foi um acidente e que a relação entre madrasta e enteada era boa, sem indícios de intenção criminosa. Além disso, a advogada da ré sugere que, em casos semelhantes, como os de mães biológicas, tais acidentes poderiam ser tratados de forma diferente. Por outro lado, a defesa da mãe da criança enfatiza que a situação foi cuidadosamente preparada pela madrasta para que a tragédia ocorresse, considerando o cenário encontrado e os indícios de premeditação.
O caso segue sob análise judicial, com a possibilidade de a acusada ser julgada por homicídio qualificado, o que resultaria em um júri popular. A denúncia também a qualifica como responsável por praticar o crime contra uma criança em situação de violência doméstica, o que agrava as acusações. A decisão da Justiça é aguardada com expectativa, especialmente pela família da vítima, que busca justiça para a tragédia ocorrida.