O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a principal medida para combater a inadimplência no Brasil é a redução da taxa de juros. Ele alertou que os brasileiros enfrentam uma situação difícil, pagando juros elevados, como 5% ao mês no crédito pessoal, enquanto a inflação anual está em torno de 5%. Haddad explicou que o aumento da taxa Selic não precisa ser repassado diretamente aos consumidores, caso o governo adote medidas eficazes para reduzir os juros finais.
Uma das alternativas apresentadas por Haddad para aliviar a carga sobre as famílias é o e-consignado, um tipo de empréstimo com garantia do FGTS e da multa rescisória em caso de demissão. O governo projeta que cerca de 42 milhões de brasileiros possam se beneficiar dessa modalidade, que foi discutida com os principais bancos do país. Apesar da alta da Selic, a medida pode ajudar a diminuir o spread bancário, ou seja, a diferença entre os juros cobrados pelos bancos e os pagos aos depositantes.
Além dessa ação, o ministro mencionou outros programas em andamento, como o Desenrola, o Acredita e iniciativas de microcrédito, que visam ajudar a reduzir o número de endividados no país. Essas medidas fazem parte de um esforço contínuo do governo para melhorar a saúde financeira das famílias e reduzir os impactos da inadimplência no Brasil.