Os juros futuros apresentaram alta na manhã desta sexta-feira, 24, reagindo ao resultado do IPCA-15 de janeiro, que teve um aumento de 0,11%, contrariando a expectativa de queda de 0,01%. Esse desempenho resultou em um índice de 4,50% nos últimos 12 meses, superando a mediana de 4,36%, o que pode indicar pressões inflacionárias mais elevadas do que o esperado pelo mercado.
O núcleo do IPCA-15, indicador que reflete a inflação subjacente, também apresentou aceleração, passando de 0,41% em dezembro para 0,66% em janeiro. Essa aceleração da inflação subjacente é um fator importante para a revisão das expectativas de política monetária, sugerindo que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode adotar um ajuste nas taxas de juros para conter a alta dos preços no curto prazo.
Em resposta ao cenário inflacionário, as taxas de juros dos contratos de DI, que refletem a expectativa do mercado para os próximos anos, registraram aumento. Às 9h09 da sexta-feira, a taxa de DI para janeiro de 2026 subiu para 15,110%, enquanto as taxas para 2027 e 2029 também registraram variações para 15,385% e 15,175%, respectivamente. O movimento reflete a necessidade de um aperto monetário para controlar a inflação e ajustar as expectativas para o orçamento de 2025.