As taxas dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) subiram na sexta-feira (24), impulsionadas pela alta inesperada do IPCA-15 de janeiro, que foi influenciada principalmente pelo aumento dos preços dos alimentos. A taxa do DI para julho de 2025 subiu para 14,135%, e o contrato para janeiro de 2026 marcou 15,13%. No entanto, as taxas para os contratos mais longos se mantiveram estáveis, com pequenas variações, refletindo um cenário influenciado pelos rendimentos dos Treasuries no mercado internacional.
O IPCA-15, considerado uma prévia do índice oficial de inflação, registrou uma alta de 0,11% em janeiro, acima da expectativa de queda de 0,03%. O aumento nos preços de alimentos e bebidas, que subiram 1,06%, foi o principal fator que contribuiu para esse resultado. O governo, ciente da pressão inflacionária, indicou que poderá adotar medidas para reduzir o custo dos alimentos, como a alteração de alíquotas de importação, mas descartou ações mais drásticas, como congelamento de preços ou tabelamento.
O mercado financeiro respondeu com a expectativa de uma elevação de 100 pontos-base na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com uma probabilidade de 90%. No entanto, fatores externos, como a queda do dólar frente ao real e a sinalização de um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China, ajudaram a manter as taxas de juros mais longas em níveis próximos à estabilidade. As taxas de longo prazo, como as para janeiro de 2031 e janeiro de 2033, apresentaram pequenas quedas no dia.