As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) apresentaram queda nesta segunda-feira (13), especialmente entre os contratos de prazos mais curtos, refletindo a expectativa do mercado de que o governo federal adote novas medidas fiscais em 2025. A movimentação é impulsionada por declarações de membros da equipe econômica, que sinalizaram um possível ajuste fiscal para ajudar o Banco Central a controlar a inflação. Nos vencimentos mais longos da curva, as taxas apresentaram pequenos aumentos, acompanhando a alta dos rendimentos do Treasury de dez anos, que atingiram o maior nível em 14 meses.
A expectativa sobre a política fiscal ganhou força após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do secretário executivo Dario Durigan, que indicaram a adoção de medidas fiscais após a aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso. Segundo analistas, a perspectiva de novas ações fiscais pode facilitar o trabalho do Banco Central na retomada da inflação à meta, alinhando melhor as políticas monetária e fiscal. O estrategista Luciano Rostagno, da EPS Investimentos, destacou que o governo parece estar preparado para ajustes fiscais mais rigorosos, o que influenciou a queda das taxas de juros.
No mercado de juros, a curva refletiu uma redução nas apostas de aumento mais agressivo da Selic na próxima reunião do Banco Central, com a probabilidade de elevação de 100 pontos-base no fim de janeiro chegando a 80%. A Selic, atualmente em 12,25% ao ano, deve ser mantida em níveis elevados para combater a inflação. Embora as projeções do mercado para a inflação de 2025 tenham subido ligeiramente, o governo federal segue com o desafio de equilibrar as contas públicas, enquanto o BC aguarda para ajustar sua política monetária conforme o cenário fiscal e econômico se desenvolve.