As taxas dos contratos futuros de DI terminaram a terça-feira (7) em alta, impulsionadas pela recuperação dos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos e pela realização de lucros por parte dos investidores após quedas recentes. Durante a maior parte do dia, as taxas estavam em queda, especialmente nos contratos com vencimento mais curto, mas no fim da tarde, houve uma virada para o território positivo, com destaque para os prazos mais longos. A taxa do DI para julho de 2025 subiu para 14,025%, enquanto a de janeiro de 2026 registrou 15,01%.
Essa reversão nas taxas coincidiu com a recuperação do dólar em relação ao real, que também zerou as perdas do dia. No cenário doméstico, o compromisso do governo com a contenção de gastos, como destacado em declarações recentes, ajudou a dar continuidade ao movimento de ajustes nas taxas. Além disso, o comportamento da curva de juros reflete um esforço para reduzir os excessos de prêmios incorporados ao longo de 2024, com investidores reagindo a esse ajuste gradual.
A alta dos yields nos Treasuries norte-americanos também teve papel relevante nesse cenário, pressionando as taxas no Brasil para cima. No fechamento do dia, o mercado precificava uma probabilidade significativa de aumento da taxa Selic em janeiro, com 43% de chance de um ajuste de 125 pontos-base e 57% de chance de uma elevação de 100 pontos-base. O rendimento dos Treasuries de dez anos registrava alta de 8 pontos-base, atingindo 4,691% no final da tarde.