Os juros futuros apresentaram queda nesta segunda-feira, 6, em um movimento de correção após os altos prêmios observados nas últimas semanas, influenciados pela melhora no câmbio. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para 2026 recuou para 14,97%, e as taxas para os vencimentos mais longos também caíram. Apesar da diminuição das taxas, o volume de negociação permaneceu baixo, refletindo o período de recesso de muitos investidores e a escassez de eventos no noticiário.
O alívio nas taxas de juros foi impulsionado pela desvalorização do dólar, que caiu 1,13%, para R$ 6,1125, além da especulação sobre as políticas econômicas dos EUA. Embora o mercado tenha reagido positivamente a uma reportagem sobre a possível redução de tarifas de importação durante o governo de Donald Trump, o próprio presidente desmentiu a notícia. Isso, no entanto, não afetou a confiança do mercado, que segue monitorando os movimentos fiscais e monetários no Brasil.
A expectativa para a Selic no curto prazo continua elevada, com a curva de juros precificando uma alta de até 1,25 ponto percentual no próximo Copom. No entanto, as projeções de inflação mostraram piora, com as medianas para 2025 e 2026 subindo para 4,99% e 5%, respectivamente. Economistas apontam que, apesar do aumento das expectativas inflacionárias, o cenário para os próximos anos pode se estabilizar, com a expectativa de uma inflação próxima a 4% para 2027 e 2028, caso sejam adotadas novas medidas fiscais mais eficazes.