As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DIs) fecharam em queda significativa na segunda-feira, especialmente nos prazos mais longos, reagindo à possibilidade de uma política tarifária mais branda por parte do governo dos EUA. A notícia, que sugeria tarifas de importação focadas apenas em setores críticos, contrastou com as expectativas anteriores de uma elevação mais ampla das tarifas. Este movimento também foi acompanhado pela desvalorização do dólar em relação ao real, em um cenário de liquidez ainda limitada no mercado financeiro no início de 2025.
O impacto dessa expectativa de tarifas mais moderadas nos EUA foi amplificado por uma redução nas taxas de juros dos contratos de DIs, com destaque para os prazos de julho de 2025 e janeiro de 2026, que apresentaram quedas em relação ao ajuste anterior. No entanto, mesmo após uma desmentida do presidente dos EUA sobre a informação publicada, o mercado manteve sua tendência de baixa nas taxas, enquanto os investidores refletiam sobre as implicações dessa mudança nas perspectivas econômicas globais.
No cenário interno, as preocupações com a fiscalidade brasileira continuaram a influenciar as decisões de investimento. O governo sinalizou que não há planos para mudanças no regime cambial ou aumento de impostos, o que ajudou a reduzir algumas incertezas. Ao mesmo tempo, o mercado de juros futuros precificava uma alta da Selic, com chances maiores de uma elevação de 100 pontos-base, refletindo um cenário de ajustes na política monetária. A expectativa para o fim de 2025 era de uma Selic em torno de 15%, conforme as projeções mais recentes.