No período da tarde, os juros futuros continuaram a queda, impulsionados pela desvalorização do dólar e pelo crescimento da arrecadação de impostos em dezembro, que foi mais forte do que o esperado. O mercado se prepara para a decisão do Copom, com foco no comunicado que pode indicar a continuidade de uma possível alta nas próximas reuniões, especialmente em maio. A taxa de juros interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 caiu para 15,135%, enquanto os DIs de janeiro de 2027 e 2029 também recuaram.
O câmbio mais baixo contribuiu para reduzir a pressão sobre os preços dos produtos importados, o que pode ajudar a moderar as expectativas inflacionárias para o ano, impactando diretamente a curva de juros. O dólar à vista fechou em R$ 5,8696, uma queda de 0,74%. Além disso, a arrecadação federal de impostos e contribuições superou as expectativas, somando R$ 261,265 bilhões em dezembro, uma alta real de 7,78% em relação ao mesmo mês de 2023.
Na véspera da reunião do Copom, as expectativas do mercado são de um aumento de 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e março, com uma divisão nas apostas sobre a reunião de maio. De acordo com uma pesquisa, a maioria dos analistas aposta em uma alta de 50 ou 75 pontos-base em maio. O Itaú, por sua vez, defende a continuidade do ajuste de 100 pontos-base nas duas primeiras reuniões de 2025, mas não descarta a possibilidade de novos aumentos, dependendo da evolução da inflação e das expectativas econômicas.