As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) fecharam em baixa firme nesta terça-feira (14), após investidores ajustarem seus prêmios, refletindo a continuidade da retirada de excessos nos rendimentos. A queda nas taxas foi impulsionada por um dado mais moderado sobre a inflação ao produtor nos Estados Unidos, que afetou os rendimentos dos títulos do governo americano (Treasuries), ajudando a reduzir as taxas no Brasil. Os contratos de DI mais curtos, como os de julho de 2025 e janeiro de 2026, apresentaram quedas significativas.
Além disso, o mercado local ajustou suas apostas quanto ao aumento da Selic no fim deste mês. O Banco Central tem sinalizado uma elevação de 100 pontos-base, o que tem se refletido nas expectativas do mercado, com uma probabilidade de 88% para essa alta. A falta de notícias negativas no Brasil e a estabilidade fiscal, associada ao recesso do Congresso Nacional, contribuíram para um alívio nas taxas, especialmente nos contratos de médio e longo prazos, como os de 2027 a 2033.
No cenário internacional, a inflação ao produtor nos EUA teve um aumento abaixo do esperado, com um avanço de 0,2% em dezembro, o que gerou uma perspectiva mais positiva sobre a economia americana. Esse fator também influenciou a queda dos rendimentos dos Treasuries, especialmente nos títulos de curto prazo. Com isso, as taxas de juros no Brasil acompanharam o movimento de baixa, refletindo um ambiente mais favorável para os investidores.