O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as taxas de juros no Brasil já estão em um patamar restritivo, o que pode desacelerar a economia. Em entrevista, ele comparou o cenário econômico atual a uma pessoa doente que precisa tomar remédios, destacando que a inflação é o principal problema a ser tratado. Segundo Haddad, o uso excessivo de “remédios”, como altas taxas de juros, pode ser contraproducente, pois, assim como no caso de medicamentos, o excesso pode prejudicar em vez de ajudar.
Haddad também projetou uma desaceleração no crescimento econômico do Brasil para 2025, após uma previsão de alta de 3,5% do PIB em 2024. Ele indicou que, apesar disso, a economia deve crescer 2,5% em 2025, o que deverá contribuir para o controle da inflação. Esse cenário está sendo impactado pela recente elevação da taxa Selic pelo Banco Central, que subiu para 13,25% ao ano. A expectativa é que essa elevação ajude a controlar os preços no curto prazo.
Por fim, o ministro ressaltou a competência técnica das pessoas que fazem parte do Banco Central, em resposta a questionamentos sobre o trabalho do indicado para a presidência da instituição, Gabriel Galípolo. Haddad também mencionou que a Fazenda continua atenta às projeções econômicas e que a política fiscal e monetária devem ser ajustadas de forma cuidadosa para garantir o equilíbrio econômico no país.