O julgamento de um motorista acusado de atropelar e matar uma ciclista em São Paulo, em 2020, foi concluído na madrugada desta sexta-feira (24). A maioria dos jurados considerou o réu culpado pelos crimes de homicídio doloso qualificado, embriaguez ao volante e omissão de socorro. O motorista foi condenado a 13 anos de prisão, mas poderá recorrer em liberdade. O acidente ocorreu em novembro de 2020, quando o réu, dirigindo sob efeito de álcool e em alta velocidade, atropelou a vítima, que não sobreviveu aos ferimentos.
Durante o julgamento, foram ouvidas sete testemunhas, e o réu negou as acusações, alegando não ter consumido bebidas alcoólicas ou dirigido em alta velocidade. No entanto, laudos periciais e testemunhos contradizeram suas declarações, apontando que o motorista estava a 93 km/h no momento do atropelamento, enquanto o limite da via era de 50 km/h. A defesa tentou desclassificar o homicídio doloso para culposo, mas a sentença foi mantida com base no dolo eventual, que implica assumir o risco de causar a morte de outra pessoa.
Após a sentença, a mãe da vítima se manifestou, considerando o veredicto uma vitória parcial, mas lamentando a pena mínima aplicada. A acusação, por sua vez, indicou que recorrerá da decisão, buscando um aumento na pena e contestando a possibilidade de o réu responder em liberdade. A família da vítima, que também criou um projeto de conscientização sobre segurança no trânsito, continua a lutar pela justiça e pela conscientização sobre os direitos dos ciclistas nas vias urbanas.