Uma juíza federal dos Estados Unidos autorizou, nesta segunda-feira, a divulgação pública de uma parte do relatório elaborado pelo ex-procurador especial Jack Smith sobre o caso de subversão eleitoral relacionado ao presidente eleito de 2020. A decisão foi tomada pela juíza Aileen Cannon, nomeada por Trump, que anteriormente havia impedido a divulgação integral do relatório. No entanto, a juíza adiou a decisão sobre permitir que a liderança do Congresso acesse uma segunda parte do relatório, que trata da retenção de documentos confidenciais, e agendou uma audiência para a próxima sexta-feira.
O Departamento de Justiça havia expressado a intenção de divulgar a parte do relatório relacionada à subversão eleitoral, mas optou por manter a parte sobre os documentos confidenciais em sigilo, considerando os processos criminais ainda em andamento contra aliados do ex-presidente. A situação também envolve a renúncia de Jack Smith ao cargo de procurador especial, ocorrida em 10 de janeiro. O procurador havia conduzido duas das quatro investigações criminais em que o ex-presidente esteve envolvido, mas essas investigações foram interrompidas por decisões judiciais, incluindo uma da Suprema Corte.
Além disso, o Departamento de Justiça decidiu não prosseguir com os processos contra o ex-presidente, citando a política interna de não processar presidentes em exercício. Com a suspensão dos casos, nenhuma das investigações chegou a julgamento. Essa decisão tem gerado debate sobre os limites das investigações e processos envolvendo autoridades de alto escalão.