A juíza Aileen Cannon determinou nesta segunda-feira (13) que não impedirá a divulgação do relatório do procurador especial Jack Smith, que investiga os esforços para anular as eleições de 2020. Embora tenha autorizado a liberação do documento, a juíza programou uma audiência para o final da semana sobre a parte do relatório que envolve documentos confidenciais, que continua sob sigilo. O Departamento de Justiça dos EUA tem histórico de divulgar relatórios sobre investigações de presidentes, inclusive enquanto estavam no cargo.
Enquanto a divulgação do relatório relacionado às eleições pode ocorrer, Cannon manteve o bloqueio sobre a parte do documento que trata de documentos confidenciais relacionados à investigação. A liberação desse trecho dependerá de uma revisão mais detalhada por parte dos comitês judiciários do Congresso. A decisão de Cannon ocorre em um momento em que o procurador-geral Merrick Garland planeja tornar público o relatório antes da posse do novo governo, com restrições quanto à divulgação a membros do Congresso.
O caso, que envolve acusações sobre tentativa de subversão eleitoral e o manejo indevido de documentos, tem gerado tensões políticas. Trump e seus aliados argumentam que o processo tem motivações políticas e que a liberação do relatório pode prejudicar a defesa dos acusados. A situação continua a se desenrolar, com apelações em andamento, enquanto os envolvidos buscam estratégias legais para contestar as decisões judiciais.