A juíza de Mato Grosso, que foi aposentada compulsoriamente em 2010, obteve na Justiça o direito de receber R$ 5,8 milhões relativos às diferenças salariais de um período de 12 anos em que esteve afastada. Ela foi aposentada durante a investigação de um grande caso de corrupção envolvendo o Tribunal de Justiça do estado, o qual foi acusado de desviar recursos públicos para uma loja maçônica.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a aposentadoria de vários magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, incluindo a juíza, em consequência do envolvimento no esquema de direcionamento de verbas para a loja maçônica. A decisão também resultou em investigações sobre a devolução do dinheiro desviado, mas, após algumas reviravoltas judiciais, a juíza foi reintegrada ao cargo em 2022.
Com a reintegração, a juíza entrou com uma ação para receber os valores retroativos não pagos durante o afastamento. A Justiça determinou o pagamento das verbas indenizatórias e remuneratórias devidas, que foram homologadas no valor de R$ 5.782.669,09. O Estado de Mato Grosso informou que já havia pago parte dessa quantia e que o saldo será quitado por meio de precatório, com prioridade devido à natureza alimentar dos valores.