A juíza da Flórida, Aileen Cannon, decidiu nesta terça-feira (7) bloquear a divulgação do relatório final do procurador especial Jack Smith sobre as investigações envolvendo o ex-presidente Donald Trump. A ordem impede que o Departamento de Justiça avance na publicação do documento até que uma corte de apelações federal analise um recurso apresentado por pessoas envolvidas nos casos, que buscam contestar a divulgação.
Advogados de Trump tiveram acesso a um rascunho do relatório, que inclui investigações sobre a gestão de documentos confidenciais e possíveis tentativas de interferência nas eleições de 2020. Os defensores argumentaram que o procurador não teria autoridade para divulgar o relatório, citando uma decisão anterior de Cannon que considerou ilegal sua nomeação. A juíza, que foi indicada por Trump, também deverá decidir se a divulgação dos dois volumes do relatório pode prejudicar as investigações em curso.
O Departamento de Justiça pretende fornecer o relatório ao Congresso, com as edições necessárias para proteger a integridade dos processos legais. Contudo, a publicação do documento está temporariamente suspensa até que o tribunal de apelações decida sobre o recurso, o que significa que o relatório não será divulgado antes da próxima sexta-feira. As discussões seguem em um cenário de tensão jurídica, com implicações para os envolvidos nas investigações.