O juiz federal John Coughenour, de Seattle, suspendeu temporariamente o decreto de Donald Trump que eliminava a cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais nascidos nos Estados Unidos. A decisão, tomada em 23 de janeiro de 2025, é vista como uma derrota significativa para a administração Trump, já que questiona a constitucionalidade da medida. Quatro Estados americanos, que haviam contestado o decreto, argumentaram que ele violava a 14ª Emenda da Constituição, que garante a cidadania a todas as pessoas nascidas no país, com exceções limitadas.
O decreto foi assinado pouco após a posse de Trump e buscava retirar a cidadania de filhos de imigrantes ilegais e de estrangeiros temporários, como turistas, estudantes e trabalhadores sazonais. A medida gerou controvérsias e foi contestada por 22 Estados e grupos ativistas, que recorreram à Justiça, argumentando que o ato infringia a constituição. Durante a audiência, Coughenour criticou a proposta, afirmando que a decisão do presidente era inconstitucional, citando a falta de compreensão sobre como alguém poderia defender a legalidade do decreto.
Enquanto isso, o governo federal pretende continuar defendendo a medida, apesar da suspensão temporária. Em outro movimento, Trump também assinou um decreto para liberar documentos sobre os assassinatos de figuras históricas como John F. Kennedy e Martin Luther King, apesar de grande parte dos registros já estarem acessíveis ao público. O caso continua em julgamento, e ainda não há data para a próxima audiência.