O JPMorgan elevou a recomendação para as ações da Ultrapar (UGPA3) de “neutro” para “compra”, após considerar que o movimento baixista recente da empresa foi exagerado. O banco também reduziu o preço-alvo de R$ 28 para R$ 24 para o final de 2025, enquanto as ações da empresa subiam 5,43%, a R$ 16,70. Segundo analistas, a gestão da Ultrapar tem sido eficaz na implementação de sua estratégia, com destaque para a expansão de margens e volumes sólidos, além do fortalecimento do posicionamento da Ultragaz no mercado de gás. O banco acredita que a empresa está sendo negociada a uma avaliação atrativa de 4,9 vezes o Valor da Firma (EV)/EBITDA estimado para 2025.
No setor de distribuição de combustíveis, o JPMorgan destaca que a Ipiranga tem apresentado resultados consistentes, apesar de um cenário desafiador para o segmento, impactado por irregularidades no mercado e a elevação das taxas de juros. A estratégia da Ipiranga de focar em postos de combustíveis com demanda sólida e manter margens consistentes ajudou a preservar a lucratividade da empresa. Além disso, o banco vê um potencial adicional nos próximos trimestres, com a possibilidade de reconhecimento de créditos fiscais das Leis Complementares 192 e 194, o que deve reduzir impostos em dinheiro.
Em relação às operações logísticas da Ultrapar, o JPMorgan acredita que a Ultracargo está bem posicionada para se beneficiar do crescimento do etanol de milho, devido a investimentos estratégicos em expansão de capacidade e infraestrutura. A expansão da operação nas Hidrovias, especialmente no Corredor Norte, também está alinhada com a estratégia da empresa de aumentar sua exposição ao agronegócio, particularmente no transporte de soja e milho. No entanto, o banco optou por não incorporar esses ativos em sua avaliação no momento, devido a incertezas relacionadas à reestruturação do negócio e à participação minoritária da Ultrapar nas Hidrovias.