Em 8 de dezembro de 2024, quatro jovens equatorianos desapareceram após saírem para jogar futebol, sendo encontrados semanas depois com sinais de tortura e queimaduras em um local próximo a uma base militar. O caso gerou indignação e um intenso debate no país, principalmente sobre as práticas de segurança e direitos humanos, já que as crianças haviam sido detidas por militares sob a acusação de envolvimento em um roubo. O incidente levantou questões sobre violência policial, discriminação racial e as políticas de segurança pública implementadas pelo governo equatoriano, que incluem maior poder ao exército para manter a ordem.
A dor de uma das famílias envolvidas é intensificada pela falta de explicações claras sobre a morte dos filhos. Apesar da confirmação das identidades das vítimas, que foram identificadas por meio de DNA e evidências físicas, os parentes ainda não sabem exatamente o que aconteceu com as crianças. O pai de duas das vítimas expressou seu lamento e exigiu justiça, denunciando o tratamento cruel e a tentativa de manchar a imagem de seus filhos com acusações infundadas. Ele também afirmou que a discriminação racial pode ter sido um fator no tratamento desigual das crianças, que eram de uma comunidade pobre e marginalizada.
A repercussão do caso não se limitou ao âmbito nacional, com organizações internacionais de direitos humanos cobrando investigação rigorosa e responsabilização. O governo, por meio do presidente e do ministro da Defesa, pediu desculpas publicamente, mas a confiança nas autoridades continua abalada. Em meio à dor e à busca por respostas, os familiares afirmam temer por sua segurança, exigindo que o caso seja tratado com a seriedade necessária e que a justiça seja feita para que o caso não caia na impunidade.