Valdinéia Satil, de 23 anos, está aguardando o nascimento de suas filhas, Nathaly e Rhadassa, que compartilham o tronco e o abdômen devido a uma condição rara de gêmeas siamesas. Natural de Buritis, em Rondônia, ela enfrentou uma série de desafios ao descobrir a gestação, que se revelou ainda mais complexa por se tratar de uma gravidez de alto risco. Embora tivesse o sonho de ser mãe de gêmeos, Valdinéia nunca imaginou que suas filhas nasceriam unidas fisicamente, o que exigiria cuidados médicos especializados para garantir um parto seguro e um tratamento adequado.
A falta de uma estrutura médica apropriada em Rondônia para o tratamento de gêmeas siamesas fez com que a gestante buscasse um laudo para realizar o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), necessário para o encaminhamento das filhas para um hospital com os recursos adequados. O processo foi longo e burocrático, e após várias tentativas frustradas em Ariquemes, Valdinéia recorreu às redes sociais, o que gerou grande mobilização e permitiu que ela fosse encaminhada para Porto Velho. Em janeiro de 2025, finalmente obteve o laudo que autoriza a transferência das gêmeas para um centro médico mais capacitado.
Com o apoio de familiares, amigos e pessoas que acompanharam sua história nas redes sociais, Valdinéia se prepara para viajar a Goiânia, onde aguardará o parto das filhas. Após o nascimento, Nathaly e Rhadassa passarão por uma avaliação para determinar a viabilidade de uma cirurgia de separação. A jornada da jovem mãe reflete tanto as dificuldades do sistema de saúde pública quanto a importância da solidariedade e do apoio comunitário em momentos de crise.