Cauã Alves da Cruz, de 19 anos, foi baleado enquanto realizava uma entrega em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, na noite de terça-feira (21). O jovem, que teve o braço esquerdo atingido por um tiro de fuzil, está internado em estado gravíssimo e passará por uma cirurgia para amputação. A família tem se mobilizado para arrecadar doações de sangue e denuncia a falta de uma perícia adequada no local do crime, que ainda não foi realizada pela Polícia Civil. Testemunhas afirmam que o disparo partiu de policiais militares.
O incidente ocorreu quando Cauã transitava pela Comunidade do Rasta, no bairro Cangulo, durante o seu trabalho. De acordo com relatos, a Polícia Militar chegou à favela atirando, e, após o baleio, tentou incriminar o jovem, colocando uma arma ao seu lado, mas desistiu ao perceber a presença de moradores. Apesar disso, os policiais o socorreram e o levaram para o hospital, onde ele foi submetido a uma cirurgia e segue em estado crítico.
O pai de Cauã, em desespero, tem cobrado das autoridades uma investigação mais eficiente. A Polícia Militar afirmou que os agentes estavam respondendo a uma denúncia de execução e se envolveram em um confronto com criminosos, no qual Cauã teria sido ferido. No entanto, a falta de perícia no local e a demora nas ações da Polícia Civil têm gerado insatisfação entre a família e a comunidade local, que aguardam respostas sobre a origem do tiro e as circunstâncias do incidente.