Juliana Rangel, de 26 anos, foi atingida por um disparo de fuzil na cabeça durante uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Baixada Fluminense, na véspera do Natal. Após passar por tratamento intensivo, Juliana foi transferida do Centro de Terapia Intensiva (CTI) para a enfermaria e, de acordo com informações de sua irmã, já está conseguindo falar e interagir. A jovem ainda precisa de acompanhamento fisioterapêutico e fonoaudiológico, mas apresenta boa estabilidade clínica e não há novos sintomas neurológicos.
O hospital que acompanha Juliana, o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, relatou que a paciente segue em processo de reabilitação, sem depender mais de ventilação mecânica desde o dia 17 de janeiro. Ela já consegue realizar atividades com auxílio, como caminhar, e a retirada da cânula de traqueostomia está em fase de conclusão. Além disso, Juliana segue sendo acompanhada por uma equipe multidisciplinar que inclui médicos e fisioterapeutas.
Juliana estava no carro com a família a caminho de Niterói quando foi baleada durante uma abordagem de rotina na rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias. O Ministério Público Federal (MPF) instaurou investigação sobre a conduta dos agentes da PRF envolvidos no caso, que foram afastados de suas funções. Durante a ocorrência, o pai de Juliana também foi baleado, mas sem gravidade. A família está recebendo apoio financeiro de uma vaquinha online para lidar com os custos de recuperação.