Joseph Aoun foi eleito presidente do Líbano em uma sessão do Parlamento na quinta-feira (9), recebendo o apoio de 99 dos 128 deputados. Sua eleição ocorre após um longo impasse político no país, que estava sem um presidente desde 2022. A eleição reflete mudanças no cenário geopolítico da região, com o enfraquecimento do Hezbollah e a transformação das dinâmicas políticas no Oriente Médio, especialmente após o conflito com Israel e a instabilidade na Síria.
Em seu discurso de posse, Aoun se comprometeu a reforçar o monopólio das armas pelo Estado, uma referência ao conflito com o Hezbollah e à trégua com Israel, mediada por várias potências internacionais. O novo presidente também expressou seu objetivo de formar rapidamente um novo governo, incluindo a nomeação de um primeiro-ministro. Sua eleição foi apoiada tanto por blocos pró-iranianos, como o Hezbollah e o movimento Amal, quanto por potências internacionais como os Estados Unidos e a Arábia Saudita, que pressionaram por uma solução política no país.
O Líbano segue com um sistema político confessionalista, que divide o poder entre as principais comunidades religiosas do país. Esse sistema, embora tenha sido implementado para promover a paz entre os grupos étnicos e religiosos, tem sido criticado por causar corrupção e desigualdades. A eleição de Aoun é vista como um possível passo para a estabilização política do país, mas também revela a complexidade das relações internas e externas do Líbano.