O Janeiro Vegano tem demonstrado ser eficaz em ajudar as pessoas a reduzir o consumo de carne a longo prazo. Pesquisas indicam que mais de 80% dos participantes dessa campanha mantêm uma redução significativa no consumo de carne, com muitos diminuindo a ingestão pela metade ou até mais após seis meses. Essa mudança de comportamento parece ser acompanhada por um distanciamento emocional da carne, com muitas pessoas começando a considerá-la menos atraente ou até repulsiva. Estudos mostram que aqueles que se tornam vegetarianos ou flexitarianos após o Janeiro Vegano tendem a reavaliar a carne de maneira mais negativa, o que pode ajudar a manter os hábitos alimentares modificados.
Além dos efeitos psicológicos, a campanha também tem impacto na identidade dos participantes, que começam a se ver menos como “comedores de carne” e mais como pessoas que reduzem ou excluem a carne de sua dieta. Fatores como o aumento da sensação de controle pessoal e o aprendizado de novas habilidades e receitas também são associados ao sucesso na adesão à dieta vegana. No entanto, desafios como a falta de opções em ambientes sociais e dificuldades para cozinhar à base de vegetais podem dificultar a continuidade das mudanças. Participantes que se inscrevem para receber e-mails diários com receitas e dicas têm mais chances de manter o hábito.
Embora algumas pessoas possam se preocupar com os substitutos vegetais da carne, análises recentes mostram que esses alimentos ultraprocessados são, em geral, mais saudáveis que a carne e não estão associados aos mesmos riscos de doenças. A pesquisa também sugere que consumir mais alimentos como feijão pode ser uma maneira eficaz de maximizar os benefícios à saúde e ao meio ambiente. O objetivo atual da pesquisa é continuar a coletar dados sobre como as mudanças psicológicas podem predizer o sucesso no abandono da carne a longo prazo, oferecendo um apoio adicional para quem deseja continuar a reduzir o consumo de carne após o Janeiro Vegano.