A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES/GO) alerta para a relevância do diagnóstico precoce e do tratamento da hanseníase, doença que ainda é estigmatizada, mas que possui tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Goiás, 8,8% dos casos diagnosticados no ano passado apresentaram grau 2 de incapacidade física, o que aponta para um diagnóstico tardio. A campanha Janeiro Roxo, que ocorre em alusão ao Dia Mundial da Hanseníase, busca sensibilizar a população, promovendo ações de conscientização por meio da educação em saúde e mobilização das prefeituras.
Em 2024, foram registrados 786 novos casos da doença no estado, representando uma redução de cerca de 3% em relação a 2023, quando o número de notificações foi de 816. A coordenadora Estadual de Doenças Negligenciadas da SES-GO, Eunice Salles, ressalta a importância de aumentar a detecção precoce por meio de uma força-tarefa entre gestores municipais e profissionais da saúde. Ela enfatiza que o tratamento adequado com antibióticos previne o agravamento dos quadros clínicos.
A doença, causada por uma bactéria, apresenta sintomas neurológicos como dormência, formigamento e perda de força muscular, além de alterações dermatológicas, como manchas na pele e redução da sensibilidade. Para fortalecer o combate à doença, o Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS) realizará uma mesa redonda sobre o tema, e um curso online autoinstrucional voltado para profissionais de saúde também estará disponível na plataforma Telessaúde Goiás, com certificação pela Universidade Federal de Goiás (UFG).