O Itaú Unibanco entrou com uma ação legal contra um ex-executivo e um consultor, solicitando a devolução de R$ 3,350 milhões que foram pagos indevidamente, segundo a instituição. A acusação se baseia em pagamentos feitos por serviços de consultoria entre 2019 e 2024, que teriam sido aprovados pessoalmente pelo ex-diretor financeiro, configurando possível conflito de interesse. A relação entre o executivo e o consultor, que são sócios em uma empresa desde 2012, não teria sido declarada ao banco durante o período de prestação de serviços.
A defesa do banco argumenta que o ex-executivo recebeu cerca de 40% dos valores pagos pela instituição, por meio de transferências realizadas entre empresas ligadas ao consultor e seus familiares. A estrutura dessas transações, segundo os advogados, indicaria uma conduta deliberada e ilegal. A situação foi descoberta após uma revisão interna dos controles do banco, após o executivo deixar a instituição e assumir um cargo no Grupo Santander.
Além disso, a ação menciona a situação financeira do ex-diretor, que, segundo o banco, era incompatível com o cargo ocupado, com base em informações de proteção de crédito e processos judiciais. O ex-executivo e o consultor também teriam sido envolvidos em litígios financeiros, incluindo ações de cobrança de dívidas e um processo fiscal relacionado à empresa do ex-executivo. Ambos não se manifestaram sobre as acusações até o fechamento da matéria.