O Itaú BBA revisou suas estimativas para o Ibovespa no final de 2025, reduzindo a projeção de 165 mil para 145 mil pontos, o que representa um potencial de valorização de 22% em relação ao fechamento mais recente. A revisão é baseada em quatro fatores principais: o valuation atrativo do mercado brasileiro, o momento de lucros ligeiramente negativo, o cenário macroeconômico de crescimento baixo e inflação elevada, além do Ibovespa estar próximo da região de sobrevenda. A análise aponta ainda um cenário desafiador para os fundos locais e uma perspectiva menos otimista para investidores estrangeiros.
No que diz respeito à escolha de ações, os analistas do banco destacam quatro temas principais. O primeiro envolve a busca por ações que se comportem como títulos de alta rentabilidade, com foco em dividendos, em setores como infraestrutura e serviços públicos. O segundo tema refere-se a ações cíclicas de qualidade, com bom retorno e potencial de crescimento, especialmente nos setores financeiros e de transporte. O terceiro envolve exportadores e commodities com valuation atrativo, com destaque para setores como papel e celulose e petróleo. O quarto tema considera setores seculares, com crescimento em saúde, consumo e agronegócio.
Entre as ações recomendadas, o Itaú BBA incluiu empresas como Equatorial e Sabesp, que são vistas como boas opções para investidores em busca de ativos mais seguros. Além disso, ações como Petrobras e Suzano foram escolhidas devido à exposição a commodities, enquanto nomes como Direcional e Caixa Seguridade refletem boas oportunidades nos setores cíclicos. A estratégia busca equilibrar qualidade, exposição cambial e proteção contra a inflação, com o objetivo de gerar retornos consistentes em um ambiente macroeconômico instável.