O governo de Israel anunciou, neste sábado (25), que não permitirá o retorno de palestinos para o norte da Faixa de Gaza até que uma civil, mantida em cativeiro, seja libertada. O governo israelense informou que a libertação de Arbel Yehud, que deveria ocorrer no dia 25, é uma condição para o cumprimento do acordo com o Hamas. O grupo armado, por sua vez, confirmou que Yehud está viva e que sua libertação ocorrerá na próxima semana. O exército de Israel alegou que o Hamas violou o acordo ao libertar primeiro as militares, quando deveria ter dado prioridade às civis.
Além disso, a decisão de adiar o retorno dos palestinos ao norte de Gaza foi tomada após reuniões de segurança, em resposta à divulgação, pelo Hamas, dos nomes das soldados libertadas. O governo israelense também reiterou seu compromisso com a pressão diplomática, solicitando a intermediação de países como Catar e Egito para a liberação de Yehud. O Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos confirmou que continuará a negociar para garantir a liberação da refém.
A troca de prisioneiros, que faz parte de um acordo de cessar-fogo, envolve a libertação de 33 reféns israelenses, em troca de 1.500 prisioneiros palestinos. As autoridades israelenses estimam que entre um terço e metade dos mais de 90 reféns ainda em Gaza possam estar mortos, além da busca pelos corpos dos desaparecidos.