O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, anunciou que o país não cumprirá o prazo de retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, previsto para o dia 26 de janeiro. A decisão coloca em risco o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, pois o processo de retirada está condicionado ao desdobramento das forças militares libanesas e à aplicação efetiva do acordo. Israel alega que o Líbano não cumpriu sua parte, especialmente no que diz respeito à presença militar no sul do Rio Litani, área próxima à fronteira israelense.
Na Faixa de Gaza, o Hamas divulgou os nomes das próximas quatro reféns israelenses que serão libertadas em cumprimento ao acordo de cessar-fogo com Israel. As libertações fazem parte de uma trégua com duração prevista de seis semanas, durante a qual o Hamas liberará um total de 33 reféns, enquanto Israel libertará cerca de 1,9 mil prisioneiros palestinos. Os reféns israelenses foram capturados em outubro de 2023, quando ataques do Hamas iniciaram a guerra em Gaza.
O gabinete de Netanyahu confirmou que recebeu uma lista de reféns por meio de mediadores, sem fornecer mais detalhes. O acordo de cessar-fogo também resultou na liberação de três mulheres no último fim de semana, em troca de 90 prisioneiros palestinos. O governo israelense reafirmou que a segurança de seus cidadãos não será comprometida em nenhum dos acordos realizados.