O governo de Israel decidiu libertar colonos judeus mantidos sob detenção administrativa na Cisjordânia, como parte de uma resposta ao possível acordo de libertação de prisioneiros palestinos, que deve ser realizado no contexto do cessar-fogo com o Hamas. A detenção administrativa, uma prática frequentemente utilizada por Israel para manter palestinos presos sem julgamento, também foi aplicada de forma excepcional a colonos judeus. O anúncio foi feito por um porta-voz do ministro da Defesa de Israel, que justificou a medida à luz da expectativa de que terroristas sejam libertados como parte do acordo de reféns.
Além disso, o governo israelense havia anteriormente interrompido o uso da detenção administrativa contra colonos judeus em novembro, com o apoio de ministros do governo, como Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, conhecidos por suas posições de extrema-direita. Essa decisão gerou reações positivas entre os membros do governo e da direita israelense, que apoiam a política de assentamentos na Cisjordânia.
A Cisjordânia continua sendo uma região sob ocupação militar de Israel desde 1967, com mais de 500 mil colonos vivendo em assentamentos ilegais, segundo a legislação internacional. A violência contra palestinos na região tem se intensificado, com ataques frequentes por parte de colonos extremistas. A situação permanece tensa, com as autoridades israelenses mantendo um controle rígido sobre a região, ao mesmo tempo em que buscam soluções para as questões de segurança e prisioneiros, dentro do contexto do conflito mais amplo com o Hamas e os palestinos.