No domingo (26), 15 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em confrontos no sul do Líbano, após o término do prazo estabelecido por um acordo de cessar-fogo que visava a retirada das tropas israelenses e combatentes do Hezbollah da região. Centenas de cidadãos libaneses desafiaram as advertências israelenses e se dirigiram a cidades no sul do país, onde as forças israelenses estavam posicionadas. Em resposta, as tropas israelenses dispararam tiros de advertência e prenderam suspeitos próximos às suas posições, alegando ameaça iminente.
O acordo de cessar-fogo, que encerrou um conflito com milhares de vítimas, determinava um prazo de 60 dias para a retirada das forças de ambos os lados da área sul do Líbano. O Hezbollah, apoiado pelo Irã e designado como organização terrorista, deveria recuar para o norte do rio Litani, com a promessa de que o Exército Libanês tomaria o controle das áreas anteriormente ocupadas pelo grupo. Contudo, o processo de retirada não foi completamente cumprido, e as negociações para estender o prazo estão em andamento. O primeiro-ministro de Israel indicou a possibilidade de uma trégua prolongada, condicionada à implementação total da retirada do Hezbollah e ao fortalecimento da presença do exército libanês.
O Hezbollah, que havia inicialmente rejeitado a ideia de cessar-fogo enquanto o conflito em Gaza não fosse resolvido, alterou sua posição após grandes perdas militares. A organização sofreu a destruição de boa parte de seu arsenal e, embora tenha aceitado um acordo mediado pelos Estados Unidos, o retorno do grupo ao sul do Líbano continua a gerar tensões. Enquanto isso, o exército libanês ainda não conseguiu estabelecer um controle efetivo sobre a região, alimentando a continuidade das hostilidades e complicando o processo de pacificação na área.