Em um acordo de cessar-fogo mediado por países como os Estados Unidos e o Egito, Israel e o Hamas começaram a libertar prisioneiros, com 200 palestinos sendo soltos em 25 de janeiro. O processo faz parte de uma troca de reféns, com a liberação de entre 30 a 50 prisioneiros palestinos para cada refém israelense devolvido. Setenta dos prisioneiros libertados foram soltos na fronteira com o Egito, não podendo retornar à Faixa de Gaza ou à Cisjordânia, enquanto outros seguiram para diferentes locais após serem liberados de prisões em território israelense.
No mesmo dia, o Hamas libertou quatro reféns israelenses, e o acordo prevê a liberação de mais reféns ao longo das semanas, com a expectativa de que entre 33 e 98 reféns israelenses sejam liberados no decorrer do processo. Além disso, o acordo permite o aumento da entrada de ajuda humanitária em Gaza e a reabertura gradual da travessia de Rafah, entre o Egito e Gaza, permitindo que pessoas doentes sejam tratadas fora do enclave. Também está prevista a retirada das tropas israelenses de algumas áreas de Gaza, como o corredor de Netzarim.
O acordo também estabelece que, em uma segunda etapa, Israel deve retirar suas tropas completamente de Gaza, enquanto negociações sobre a reconstrução da região devem ocorrer. A devolução de corpos de reféns mortos também faz parte das condições do pacto. Esse acordo segue um processo gradual que pode levar a uma diminuição das hostilidades, com expectativas de um possível fim à guerra após mais de seis meses de negociações.